A
Odontologia e seu papel fundamental na prevenção da disseminação e agravos da
epidemia do coronavírus.
O
jornal da USP fez uma matéria sobre higiene bucal, relacionando com as
complicações da COVID 19. Segue o link : https://www.forp.usp.br/?p=6296
Em tempos de pandemia mundial a rápida
transmissão do coronavírus se tornou uma realidade e o melhor tratamento é a
prevenção da doença. Além das informações de isolamento social, recebemos
orientações para evitar qualquer tipo de contato, como apertos de mão, abraços
e beijos e reforçar os cuidados com a higiene pessoal e bucal.
A rotina diária de higiene bucal também é
importante, e os cuidados devem ser redobrados, uma vez que, a porta de entrada
da infecção é o trato respiratório superior, boca (dentes, gengivas, língua),
faringe (garganta) e pulmões.
Assim, além de todos os cuidados que as
equipes médicas nos têm passado, gostaria de compartilhar com vocês mais
alguns, específicos da correta e efetiva higiene bucal no conceito de full
mouth disinfection –
desinfecção total da boca – procedimento que já é aplicado há mais de duas
décadas por todo o globo terrestre. Desta forma, hierarquizar a higiene bucal
em:
1.
Higienização do dorso da língua (com higienizador específico ou mesmo escova de cerdas
macias) – iniciando
a ação de limpeza a partir do “V” lingual (parte mais posterior da língua) para
o ápice (ponta) da língua;
2. Uso
correto e rotineiro do fio dental (antes da escovação com dentifrício);
3.
Escovação Dental com escova de cerdas macias e creme dental da sua preferência. Essas práticas propiciam a remoção do biofilme bucal
(composto por microorganismos como bactérias, vírus e fungos);
4. Uso de enxaguantes
bucais (antissépticos
bucais). Importante: os enxaguantes bucais NÃO
SUBSTITUEM A REMOÇÃO MECÂNICA DOS BIOFILMES (ECOSSISTEMAS) BUCAIS.
Uso de enxaguantes bucais (antissépticos
bucais) se necessário (inclusive com gargarejo se a garganta estiver doendo
(sinal de inflamação/infecção) com agendes como o cloreto de cetilpiridínio
(CPC – quaternário de amônio) a 0,05%, a bis-biguanida digluconato de
clorexidina a 0,12% ou mesmo o peróxido de hidrogênio 10 vols. – água oxigenada
– evidências apontam para uma boa capacidade de inativação do covid-19 para a
água oxigenada).
Por fim e
não menos importante, cuidar de nossas escovas dentais e dos nossos
higienizadores de língua, mantendo-os imersos em solução desinfetante para
evitar a reinfecção após cada uso.