Tratamento a base de laser de
baixa potência não é invasiva, tem baixo custo e ação antimicrobiana
Já
sabemos que para combater o mau hálito é necessário manter uma ótima
higienização bucal, ter uma dieta equilibrada com mais alimentos fibrosos e
menos doces e gorduras e beber bastante água. A novidade é que há no mercado um
novo tratamento para ajudar a eliminar esse problema: a terapia fotodinâmica a
base de laser de baixa potência.
Halitose é um termo utilizado para
definir odor desagradável e fétido que emana da boca, podendo apresentar origem
sistêmica (10%) ou oral (90%. O mau odor é provocado por compostos sulforados
voláteis, produzidos por bactérias Gran-negativas.
A halitose de origem bucal ocorre pela ação de algumas bactérias
presentes na boca, como resultado final do metabolismo das mesmas.
A
luz acompanhada ou não de agentes químicos tem sido usada para induzir efeitos
terapêuticos e antimicrobianos na Terapia Fotodinâmica (TFP), sendo que o
efeito antimicrobiano fica confinado às áreas cobertas pelo corante azul de
metileno e irradiadas pela luz. Estudos clínicos comprovam que a terapia
Fotodinâmica é eficaz na redução de sulfidretos, ou seja, redução bacteriana e
combate a halitose decorrente da Saburra lingual.
O que é essa tal terapia? Bem, ela consiste no uso de uma
combinação de itens compostos por: corante fotoativo (fotossensibilizador), luz
laser de baixa potência do tipo vermelha e oxigênio, que juntos geram reações
químicas que têm efeitos antimicrobianos.
Na Odontologia, a terapia fotodinâmica foi inicialmente
empregada em casos de câncer bucal, mas hoje é mais usada para combater
bactérias envolvidas em lesões de cárie e endodônticas, doenças periodontais,
bem como fungos que causam a candidíase ou vírus que provocam a herpes
(acelerando a reparação da lesão presente e diminuindo a frequência de
aparecimento de novas feridas de herpes labial).
Laser
x Halitose
Por ser mediada por microrganismos, parece lógico para
muitas pessoas pensarem que usar antibióticos resolveria o problema, mas essa
não é uma terapia viável, pois pode levar à resistência bacteriana e desordens
gastrointestinais, além de ter efeito transitório, uma vez que a microbiota
bucal é dinâmica e acaba sendo repovoada.
Nesse contexto, a terapia fotodinâmica vem como uma
alternativa eficiente para colaborar com o combate ao mau hálito uma vez que
ela apresenta forte ação antimicrobiana sem causar danos às estruturas
bucais.
Essa terapia é mais eficiente (e indicada) como forma
complementar de práticas já famosas por combater a halitose como manter a higienização
bucal em dia principalmente com o uso de raspadores linguais para evitar a
saburra, uma das principais causas do mau hálito.
Uma das justificativas de se usar essa técnica em associação à higiene da
língua através do uso de limpadores linguais é sua ação superficial, de modo
que em regiões com saburra mais densa, sua ação é limitada. Assim, o uso da
terapia fotodinâmica isoladamente, nesses casos, poderia ter resultados pouco
eficientes, o que justifica seu uso como tratamento complementar e não como uma
opção alternativa.
Apesar dessa terapia
apresentar resultados eficientes, é importante que a pessoa busque um
diagnóstico preciso e um tratamento que vá direto à raiz do problema, que nem
sempre é somente uma saburra lingual.
Para
todos!
Essa terapia vem para somar, e muito, no campo do combate
ao mau hálito. E seus benefícios são inúmeros. “Qualquer pessoa pode fazer uso
da terapia fotodinâmica, inclusive pacientes idosos, pediátricos e portadores
de necessidades especiais, por ser uma técnica bem tolerada, atraumática,
não-invasiva, com mínima possibilidade de efeitos tóxicos ou resistência, além
de baixo custo, fácil empregabilidade e boa efetividade.
Aparelho laser utilizado para terapia fotodinâmica